domingo, 21 de outubro de 2012

Abracadabra!

     E que venha a chuva! Boa e bela noite queridos leitores! Mais de um mês se passou, e cá estou eu com uma nova postagem. Enquanto escrevia os cumprimentos me veio uma ideia a mente: postarei em meu blog uma vez por mês. Em ocasiões especiais, talvez abra uma exceção, mas acho uma ideia válida, assim poupo meus poucos - mas essenciais - leitores da espera. Let's do it!

     Antes de começar o post, mas já começando, queria dizer que costumo escrever quando estou na bad, motivo pelo qual a maior parte das minhas postagens saem com temas introspectivos e as vezes até misturados com problemas sociais. Enfim, essa é a principal razão pela qual posto uma vez ou outra. Escrever é minha válvula de escape para névoas que embaçam meus pensamentos e insistem em embaralhar meu destino. Dane-se, elas são o motivo pelo qual escrevo. Elas são minha inspiração.

Que o truque comece! Fechem os olhos. (metaforicamente)

     De tempos em tempos o mundo e as pessoas costumam mudar. Tudo supostamente evolui, progride. E essa ideia de progresso aparenta  nunca acabar. Na mente humana, o mundo e todo o nosso progresso parece não ter limites. O mundo gira cada vez mais rápido. Todos os processos, os fluxos, parecem estar em uma aceleração continua e crescente. Mas, será que realmente nos movemos mais rápido?

     Nós seres humanos, vivemos em um show de mágica que não acaba nunca. Os mágicos mudam com o tempo. o cenário muda, os truques parecem ter mudado. Mas no fim, quando o show começa de novo, e de novo, você percebe que nada mudou.

     Hoje em dia vivemos em uma fase de regressão. Já havia comentado em outro post sobre a questão de um possível regresso da humanidade. Tal afirmação não se adequa somente quanto às relações sociais, mas também na produção cultural. Alguém já parou - eu sei, é difícil parar quando tudo acontece tão rápido - e refletiu: a cultura, em uma visão ampla, está em qual estágio atualmente? Qual estilo estão seguindo, quais filmes e musicas estão na moda? Qual é a cara do hoje?

     Muitos responderiam Lady Gaga! Não, não é bem por ai little monster. A cultura atual é um culto ao passado: os estilos musicais que se destacam cada vez mais são aqueles com pegadas antigas, os filmes de sucesso têm referências ao antigo, quando não são remakes. As situações, os truques, na metáfora feita anteriormente, esgotaram-se e agora são copiadas. Tem uma cara nova, mas não passa de faixada. No fim, vivemos em culto ao passado, naquela velha situação - mais um exemplo - em que as pessoas sempre falam "como era bom antigamente"; "eu nasci na época errada". Quantas pessoas já não tiveram pensamentos assim ao menos uma vez na vida? 

     "Conspiração!  Não deve-se generalizar". Concordo. A generalização é garantia de erro na maioria dos casos, uma vez que uma exceção basta para desmoralizar seu argumento. Nesse caso, no entanto, é preciso conhecer a técnica para saber o "quê" do truque, para afirmar com veemência que tudo é uma re-criação do passado. Na linguagem moderna, uma reinvenção.  Chamem do que quiser, não passa de uma amostra da limitação que um ambiente pré-determinado trás ao ser humano. Tudo o que o hoje trás são limitações. Como se nossa vida só pudesse seguir em linha horizontal: para trás, o passado, a frente, o futuro. Ponto. 

     Posso não conhecer muitas referências, mas não é preciso nenhum alto grau de genialidade para perceber que há algo de errado. As pessoas estão perdidas, a criatividade parece ter ido por água abaixo. Nossos pensamentos foram condicionados a se "auto-limitarem": O conhecimento é restrito, aprendemos apenas o que outra pessoas querem que aprendamos, e não o que realmente precisamos aprender.

     A forma como o conhecimento é passado para nossa geração é limitada. É como se isso fosse assim e não desse para mudar. Nós somos ensinados a nos limitarmos. E as coisas não são assim. Nada impede que as coisas mudem, é preciso que o mundo mude. Estamos habituados a um sistema de obediência e retransmissão, motivo pelo qual o rebelde, o diferente, é visto com outros olhos. Como algo ruim, fora da ordem social. Sempre foi assim. Principalmente porque a forma de pensar, limitada, restrita, foi passada de geração a geração. Aprendemos assim, ensinaremos assim.

     A atual situação prova o quão limitados os seres humanos se tornaram. A parcela pensante e "questionadora" da sociedade está se reduzindo aos poucos, em uma espécie de circulo vicioso, onde aqueles que tem o poder nas mãos fazem cada vez menos para tornar as pessoas criticas. E "uma sociedade que perde sua capacidade critica, perde sua identidade".

     O truque acabou. Abram os olhos e acordem. Se prestarem atenção, verão que o mundo gira à mesma velocidade. Tudo não passou de uma ilusão.

Sentem-se apertem os cintos e bem vindos de volta ao circo! Aceitam um pão?

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by X.Ford


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