domingo, 19 de maio de 2013

Legendary!



"O Pensamento é escravo da vida, e a vida é o bobo do tempo"
William Shakespeare


Boa noite Queridos Leitores! Cá estou eu, devendo duas postagens, e mais a de maio. Infelizmente sou daqueles que quando sentem-se obrigados a realizar determinada tarefa não a realiza, só o faz quando está afim. Isso é um problema quando se trata de prazos, mas paciência é o que HÁ! 

There's gonna be LEGEN... Wait for it(...)

Passado Presente. Futuro. Em qual deles vivemos?

Em um tempo no qual nada é certo e tudo é determinado, pré-determinado, a confusão que surge ao pensarmos na linearidade do tempo é certa. Como viver o hoje quando repetem o ontem ( tema da postagem "Abracadabra"), se utilizando dele para tentar prever o amanhã, previsão a qual é semelhante - se não igual - à ideia de futuro existente no passado? Isto é, viver um presente a sombra de um futuro imaginado no passado, o qual não se concretizou, e ainda predomina como ideia de futuro presente no... presente?

Argumento confuso, admito. Exemplifiquemos.

1. Quem nunca imaginou o futuro? Aquela ideia vendida pelo cinema de máquinas super desenvolvidas, robôs e as maravilhas da tecnologia (tema também discutido em "Destino (?)" ). Tudo brilhante e reluzente. #bullshit! Fato interessante: esse "futuro" começou a ser moldado em fins do século XIX, com obras como "A maquina do tempo", de H. G. Wells. 

2. Após um século, o futuro imaginado por Wells e muitos outros autores de ficção científica, não se concretizou. É inegável o fato de que a tecnologia avançou de modo extraordinário durante o século XX. Todavia, problemas diversos, principalmente de cunho social, como desigualdade, fome, falta de saneamento etc, que existiam naquela época persistem até hoje, apesar das mudanças de endereço.

3. O fato mais interessante de todos: Como você imagina o futuro? 
Não se preocupe. Respondo para ti:

Máquinas superdesenvolvidas...
Robôs e...

Mais tecnologia!

Sonhos de qualquer pessoa!

Portanto, vivemos num presente a sombra de um futuro imaginado no passado, o qual não se concretizou, e ainda predomina como ideia de futuro no presente. 

E ainda mais incrível, é que essa ideia não limita a literatura. Não, pelo contrário, áreas que estudam a sociedade sofrem da mesma doença. Utilizar-se do passado para tentar descobrir o futuro (?), embasado numa ideia obsoleta e falha... Think about it!

(...) DARY!

"Se queres conhecer o passado, examina o presente que é o resultado; se queres conhecer o futuro, examina o presente que é a causa."
Confúcio
_____________________________________________________________________
by X. Ford




segunda-feira, 25 de março de 2013

Ciclos, angústia e praticidade

Boa Noite!
Mais uma vez, cá encontro-me para relatar algo. E, adivinhem ou não, não faço ideia do que escrever. Esse início tem se tornado tão corriqueiro nos meus posts que penso seriamente em salvá-lo como "cabeçalho padrão". Para nossa infelicidade, creio não haver essa opção. #Shit

Let's DRIVE!

Ahh angústia. Aquilo que sentimos, aperta o peito, causa apreensão, mas não fazemos ideia do que realmente se trata, de onde o aquilo veio. o que, por sinal, causa ainda mais angústia. Ciclos da vida. #More$hit

É incrível como nos valorizamos, nos vangloriamos, dizemos de boca cheia: 

"SOMOS SERES HUMANOS" ! (WE ARE HUMAN BEINGS!*)


     Na ética, na moral, pqp, não faço ideia do porquê dizemos isso. Não faz sentido algum, afinal é duro ser ser humano. Pensar: afinal por que ficar feliz por essa "dádiva"? É no pensar que está a consciência, a culpa, o questionar, o questionar-se, tudo isso que nos confunde e faz da nossa cabeça um furacão. Uma grande massa de informações, das quais não sabemos o por quê, nem o onde, não precisamos saber. Na qual não sabemos o nosso, nem o dele. Ou talvez saibamos, ou saibamos pensar que sabemos, mas não sabemos, principalmente por pensar que somos sábios. 

     O pensar é confusão, é difícil, complicado, dói. O não pensar é mais fácil, simples, prazeroso  Tratando de caminhos, o pensar é o caminho da bifurcação nebuloso, misterioso, cheio de surpresas e perigos; o caminho da bifurcação cheio de flores, cores, felicidade, e certezas, é o não pensar. Lá podemos pegar uma maçã da cesta, porque aqueles que pegaram da árvore, no outro caminho da bifurcação, já fizeram a parte mais complicada. Lá não se mastiga, apenas se engole.

     Qualquer um, qualquer, pode ver: o não pensar é o melhor, se considerarmos melhor como conquistar o máximo com o mínimo de esforço. Por que pensar quando podemos não pensar e conseguir bem mais do que aqueles que o fazem, de maneira mais fácil? Não faz sentido, não é lógico.

     A melhor parte do hoje é essa: não precisamos pensar. O mundo em que vivemos foi criado para os não pensantes, os práticos. Não há lugar para pensantes no mundo atual. Há pensantes, mas em sua maioria encontra-se vendados. Pensam, mas não o demonstram, ou optam pelo caminho do fingir não pensar, o que dá na mesma. Se vendam para não serem prejudicados. O que, mais uma vez, é lógico. É lei de sobrevivência.

     Nos encontramos em um mundo onde somos incentivados a não pensar, ou em uma situação na qual não pensamos, mas nos fazem acreditar que o fazemos, que somos seres conscientes de escolha e pensamentos, que aquilo que reproduzimos é realmente nosso, a nossa opinião, mas no fim, não passa de reprodução do mesmo, um repensar da mesma forma, ou realmente pensamos por nós mesmos?

     Mais uma vez encontramos-nos num ciclo vicioso. Ciclos da vida.

     Infelizmente, todo esse papo de pensar ou não pensar exigi o mais difícil: pensar. Agora é com você querido leitor.

Ps: Fico devendo uma postagem de fevereiro, que já deveria ter feito. Algum mês (possivelmente no próximo) postarei duas. Abraços!

_____________________________________________________________________
by X.Ford




domingo, 20 de janeiro de 2013

Perdição ou respostas?

Boa Noite queridos leitores! Dever me chama, vamos a postagem de Janeiro! 

     Estranha vida essa não? Nós nascemos, vivemos por anos e depois morremos. Há aqueles que acreditam na reencarnação, outros acreditam no fim. E ninguém sabe ao certo o que é certo. Talvez porque nao devemos saber, talvez porque não seja necessário saber. Afinal, de que adiantaria o certo se não para orientar alguns a fazer o oposto? Certo ou errado são questões subjetivas ao extremo, deixemos para uma próxima discussão. O que hoje me leva a escrever é algo que ouvi há algum tempo, de alguém um tanto especial: Deus só te dá o fardo que sabe que pode carregar. 



     Essa afirmação me leva a pensar, mais uma vez, no objetivo de cada um de nós, algo já intensamente discutido aqui, mas que insiste em permanecer na minha mente - motivo provável: impotência. A ideia de se sentir perdido, de não saber qual o nosso lugar, é a pior que pode surgir em nós. 



     A chave para curar essa "perdição" é a paciência. Mas o que fazer quando somos fruto de uma geração nascida dos fluxos constantes e imparáveis? isto é, quando a paciência dificilmente está presente em nosso âmago? Você diria: adquira a paciência! Mas como adquiri-la se não a possuímos para tanto? É um labirinto cujas saídas nos levam para dentro do labirinto!



     E seria a paciência suficiente para saber o caminho? Afinal, como saber o caminho que devemos seguir, se desconhecemos o destino? Há uma necessidade em saber se o que estamos fazendo é mesmo algo que devemos fazer para cumprir nosso objetivo maior. 



     Mas talvez a verdadeira questão seja justamente essa: não ser nada. Não ter um caminho certo a seguir. Devemos seguir simplesmente aquilo que queremos e tocar o foda-se. Dar um passo de cada vez, e se possível nos deixar levar pelo que vier. O futuro é melhor quando podemos construí-lo.



     Podemos acreditar em predestinação ou não. Independente disso, não podemos deixar de viver o hoje nos prendendo ao amanhã - que pode não acontecer. A vida é para ser vivida, step by step.

"O jeito é curtir nossas escolhas e abandoná-las quando for preciso, mexer e remexer na nossa trajetória, alegrar-se e sofrer, acreditar e descrer, que lá adiante tudo se justificará, tudo dará certo."
Marina Medeiros


_____________________________________________________________________
by X.Ford



terça-feira, 1 de janeiro de 2013

New Year 2013!


Cá estamos nós leitores, novo ano, novos dias, novos tempos! Que mais um ano chegue para ficar seus 365 dias, e que cada um destes sejam o melhor possível para cada um de nós! Felicidades e brindemos! 


domingo, 25 de novembro de 2012

Destino (?)


Boa Noite apreciados leitores! Como prometido na ultima postagem, cá estou eu para o post de novembro! Estou me perguntando o porquê da demora no post desse mês... Well, well. Como começar esse post? Não faço ideia sobre o que falar. Mas talvez eu não tenha nada a dizer... Dane-se.

"(...) porque ele talvez não fosse deixar nenhum rastro de sua passagem pelo mundo, mas podia fazer alguém feliz, e não havia nada mais importante que deixar uma marca no coração de outra pessoa."


    Well, well, comecemos! Por acaso costumam pensar muito sobre o destino? Isso, é claro, se você acredita. Será mesmo que tudo o que faremos na Terra esta traçado em um plano? Se está, significa que nossas escolhas ja estão determinadas antes mesmo de as tomarmos? Se não, cada escolha pode significar uma mudança no rumo de sua vida? Ou, ainda, se isso ocorre, as escolhas de cada pessoa no mundo mudaria o destino de todos constantemente, não? Falar sobre futuro, destinos traçados ou paralelos, e principalmente, escolhas. Será que realmente as temos?


Como podem ver, um tema subjetivo e indeterminado. Nem um pouco comum no blog.


     Essa onda de perguntas tem, permito-me dizer, atormentado-me de uns tempos pra cá. Em particular, sempre pensei sobre. No entanto, mais recorrente se tornou após a leitura de "O mapa do tempo" (à direita), de Félix J. Palma, por sinal muito interessante.

     O futuro - ou a ideia de futuro - acompanha a humanidade há muito. Prova disso é a vasta obra, seja literária ou cinematográfica, com relação a tais temas, como "A máquina do tempo", de H. G. Wells, escrita em 1895, ou o filme "2001-Uma odisseia no espaço", de 1968, dentre muitos outros.

      Quem nunca imaginou como será o futuro? Robôs, tecnologia ultra avançada, carros voadores, outros planetas colonizados, dentre várias outras ideias surgiram com o passar do tempo e instigam a curiosidade das pessoas cada vez mais. Infelizmente, no final, todo o desenvolvimento tecnológico imaginado por autores como Julio Verne, além do já citado acima, não chegaram a se concretizar por completo - ainda.

     E quanto a nós, meros mortais, que passam pela vida tão rapidamente quanto um raio, iluminando a terra por alguns segundos e depois nos esvaindo, causando ou nao destruição? Afinal, o que nos espera nos próximos séculos, décadas, anos, meses, dias, horas, minutos, segundos? 

     Infelizmente (?), não sabemos. E, apesar do esforço humano em tentar prever de qualquer forma, seja por meio da ciência, ou do metafísico, o que acontecerá conosco individual e coletivamente, até o momento, temos de nos contentar com ficções e ideias do futuro. 

    Mas, não posso deixar de dizer, que talvez, não saber o futuro seja o necessário. Como já disse muitas outras vezes, nós, humanos, somos incitados, movidos pela curiosidade. Se, e apenas se, soubéssemos o que nos espera, será que valeria a pena viver? Por que, ao mesmo tempo em que o futuro poderia ser perfeito para alguns, poderia nos decepcionar de uma forma sem igual, podendo causar "pré-consequências", como se tomássemos decisões baseadas no que não ocorreu - e no que talvez não vá ocorrer. Particularmente, acredito que o futuro esta "pré-traçado", isto é, há uma plano para cada um de nós, o qual pode ser alterado de acordo com algumas escolhas - as mais importantes - que tomamos ao longo da vida. Agora, quais escolhas são as certas? Eis a pergunta principal.

     Apesar de tanta reflexão, é preciso ter cuidado ao pensar tanto no futuro, uma vez que podemos esquecer de viver o presente. Afinal, sem este, dificilmente teremos aquele.

"Por aqui, contudo, não olhamos para trás por muito tempo. Seguimos em frente, abrindo novas portas r fazendo coisas novas... e a curiosidade nos conduz a novos caminhos."
Walt Disney

_____________________________________________________________________
by X.Ford



domingo, 21 de outubro de 2012

Abracadabra!

     E que venha a chuva! Boa e bela noite queridos leitores! Mais de um mês se passou, e cá estou eu com uma nova postagem. Enquanto escrevia os cumprimentos me veio uma ideia a mente: postarei em meu blog uma vez por mês. Em ocasiões especiais, talvez abra uma exceção, mas acho uma ideia válida, assim poupo meus poucos - mas essenciais - leitores da espera. Let's do it!

     Antes de começar o post, mas já começando, queria dizer que costumo escrever quando estou na bad, motivo pelo qual a maior parte das minhas postagens saem com temas introspectivos e as vezes até misturados com problemas sociais. Enfim, essa é a principal razão pela qual posto uma vez ou outra. Escrever é minha válvula de escape para névoas que embaçam meus pensamentos e insistem em embaralhar meu destino. Dane-se, elas são o motivo pelo qual escrevo. Elas são minha inspiração.

Que o truque comece! Fechem os olhos. (metaforicamente)

     De tempos em tempos o mundo e as pessoas costumam mudar. Tudo supostamente evolui, progride. E essa ideia de progresso aparenta  nunca acabar. Na mente humana, o mundo e todo o nosso progresso parece não ter limites. O mundo gira cada vez mais rápido. Todos os processos, os fluxos, parecem estar em uma aceleração continua e crescente. Mas, será que realmente nos movemos mais rápido?

     Nós seres humanos, vivemos em um show de mágica que não acaba nunca. Os mágicos mudam com o tempo. o cenário muda, os truques parecem ter mudado. Mas no fim, quando o show começa de novo, e de novo, você percebe que nada mudou.

     Hoje em dia vivemos em uma fase de regressão. Já havia comentado em outro post sobre a questão de um possível regresso da humanidade. Tal afirmação não se adequa somente quanto às relações sociais, mas também na produção cultural. Alguém já parou - eu sei, é difícil parar quando tudo acontece tão rápido - e refletiu: a cultura, em uma visão ampla, está em qual estágio atualmente? Qual estilo estão seguindo, quais filmes e musicas estão na moda? Qual é a cara do hoje?

     Muitos responderiam Lady Gaga! Não, não é bem por ai little monster. A cultura atual é um culto ao passado: os estilos musicais que se destacam cada vez mais são aqueles com pegadas antigas, os filmes de sucesso têm referências ao antigo, quando não são remakes. As situações, os truques, na metáfora feita anteriormente, esgotaram-se e agora são copiadas. Tem uma cara nova, mas não passa de faixada. No fim, vivemos em culto ao passado, naquela velha situação - mais um exemplo - em que as pessoas sempre falam "como era bom antigamente"; "eu nasci na época errada". Quantas pessoas já não tiveram pensamentos assim ao menos uma vez na vida? 

     "Conspiração!  Não deve-se generalizar". Concordo. A generalização é garantia de erro na maioria dos casos, uma vez que uma exceção basta para desmoralizar seu argumento. Nesse caso, no entanto, é preciso conhecer a técnica para saber o "quê" do truque, para afirmar com veemência que tudo é uma re-criação do passado. Na linguagem moderna, uma reinvenção.  Chamem do que quiser, não passa de uma amostra da limitação que um ambiente pré-determinado trás ao ser humano. Tudo o que o hoje trás são limitações. Como se nossa vida só pudesse seguir em linha horizontal: para trás, o passado, a frente, o futuro. Ponto. 

     Posso não conhecer muitas referências, mas não é preciso nenhum alto grau de genialidade para perceber que há algo de errado. As pessoas estão perdidas, a criatividade parece ter ido por água abaixo. Nossos pensamentos foram condicionados a se "auto-limitarem": O conhecimento é restrito, aprendemos apenas o que outra pessoas querem que aprendamos, e não o que realmente precisamos aprender.

     A forma como o conhecimento é passado para nossa geração é limitada. É como se isso fosse assim e não desse para mudar. Nós somos ensinados a nos limitarmos. E as coisas não são assim. Nada impede que as coisas mudem, é preciso que o mundo mude. Estamos habituados a um sistema de obediência e retransmissão, motivo pelo qual o rebelde, o diferente, é visto com outros olhos. Como algo ruim, fora da ordem social. Sempre foi assim. Principalmente porque a forma de pensar, limitada, restrita, foi passada de geração a geração. Aprendemos assim, ensinaremos assim.

     A atual situação prova o quão limitados os seres humanos se tornaram. A parcela pensante e "questionadora" da sociedade está se reduzindo aos poucos, em uma espécie de circulo vicioso, onde aqueles que tem o poder nas mãos fazem cada vez menos para tornar as pessoas criticas. E "uma sociedade que perde sua capacidade critica, perde sua identidade".

     O truque acabou. Abram os olhos e acordem. Se prestarem atenção, verão que o mundo gira à mesma velocidade. Tudo não passou de uma ilusão.

Sentem-se apertem os cintos e bem vindos de volta ao circo! Aceitam um pão?

_____________________________________________________________________
by X.Ford


sábado, 15 de setembro de 2012

Viver ou existir?

     Boa noite queridos - e, espero, existentes - leitores! Faz um tempinho que não posto, como devem ter notado. Tava afim de escrever e saiu o texto a seguir. Eu realmente pensei em deixá-lo em terceira pessoa, mas se o fizesse talvez o "quê" que há por trás não ficaria tão evidente. Peço que ignorem o tom "auto ajuda" que pode soar e que não o vejam dessa forma. Leiam-no como uma reflexão de um adolescente um tanto frustrado com o ser humano. Espero que gostem!

     "Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lááááááaaaa  ♫" 

     Sabem quando estamos bem, mas sentimos uma tempestade chegando? A princípio, pensamos ser algo da nossa cabeça. Mas logo sentimos aquele cheiro de terra molhada, seu corpo começa a sentir o vento aumentando de intensidade, as nuvens começam a escurecer... e então as gotas começam a se derramar. E, quando notamos, em menos de um segundo, estamos ensopados da cabeça aos pés.  Até que a tempestade passa e o sol aparece novamente no horizonte. E é então que vemos que há sempre esperança.

     Mas e se não fosse assim? E se a tempestade nunca acabasse? É como viver em um impasse, onde você vê e tenta não acreditar que cada gota significa um passo mais perto da morte, e, ao mesmo tempo, tem a esperança de que a tempestade acabe, por mais que não haja indícios de que isso venha a ocorrer. É ai que percebemos que há sim, esperança no fim. E, no entanto, sempre haverá um fim. No final, tudo acaba. 

     Eis que surge uma questão: Por que viver dessa forma? Nesse mundo de contantes evoluções retrógradas, onde a tecnologia avança, mas o ser humano regride. Onde nós, supostos seres pensantes e racionais, nos tornamos alienados e indiferentes com a vida. Esperando o tempo correr enquanto a vida passa e desperdiçamos nossos dias em futilidades. Isso é triste demais. Por que não aproveitar todo o tempo que dispomos para desfrutar de tudo o que temos nesse mundo maravilhoso? Tivemos o privilégio de surgirmos ou sermos criados, e desperdiçamos nossas vidas na incansável corrida por ser o melhor! Uma corrida onde buscamos tudo o mais abstrato, impalpável, o sucesso, a riqueza, a luxúria, o conforto, quando deveríamos buscar veemente a felicidade! Estranha vida, não?

     Nascemos, "vivemos", morremos. Aquele conhecido ciclo onde tudo começa, continua e termina. Seriam os erros cometidos por nossos ancestrais insuficientes para nos ensinar o valor da vida e do viver?

     Vivamos como no fim de uma tempestade: quando o sol surge e as nuvens ficam mais claras, nossos rostos se iluminam e a esperança surge em nosso corações. Por que esperar outra tempestade? Aproveitemos o sol e corramos para vida, antes que outra tempestade, outro risco do fim, aconteça.


"Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe."
Oscar Wilde


_____________________________________________________________________
by X.Ford