quarta-feira, 2 de novembro de 2011

"This World Falls on me - Better: on us"

      É incrivel. Você pensa, pensa e pensa sobre seu destino. Será que amanhã vou olhar pra tras e sentir saudades? Ou me arrepender de alguma coisa? Será que estarei satisfeito com minha profissão? Será que não serei um traficante ou apenas mais uma pessoa insignificante que se arrasta por esse mundo sem propósito aparente?


Se meu destino já está escrito, por que dar-me ao trabalho de tentar mudá-lo? Afinal o futuro é inevitável, não?



      Dude, this’s a shit! Como posso saber se estarei vivo para passar por tudo isso? Tantas perguntas que circulam por nossos pensamentos. Mas ninguém sequer comenta. Você não comenta. Sabe porque? Porque você não tem coragem. Eu não tenho coragem. Temos medo: medo de lutar contra a repressão inconsciente imposta pela sociedade e por nós mesmos; medo de lutar por viver sem paradigmas, sem preconceitos, ou pré-conceitos. Viver por viver. Os rumos de nossas vidas são tomados antes mesmo de nascermos. Tudo o que vivemos não passa de mentiras e respostas a estímulos externos. À regras externas. Não escolhemos nossas próprias escolhas. Ninguém escolhe. Seguimos nada mais do que as “tendências do mercado” - somos o que somos porque precisamos ser.“Papo Matrix”. #REPRESSÃO


      E onde fica o livre arbítrio? Sinceramente, isso não existe. Como podemos escolher entre sobreviver nas ruas ou viver no luxo? É semelhante a pedir que você escolha entre ser a pessoa mais rica do mundo ou a pessoa mais pobre. Qual você escolheria? Certamente, você não gostaria de ser um pobre coitado. Um mendigo. Denomina-se isso como INDUÇÃO DE ESCOLHA. Simples assim. Eu não pedi ou mandei que você escolhesse ser a pessoa mais rica do mundo. Você mesmo decidiu. Entretanto, você só decidi isso porque aprendeu que dinheiro é bom e enche a barriga. E quem lhe ensinou? Exatamente. A sociedade.

      Agora, o que destino tem haver com a sociedade? Creio que você saiba a resposta para essa pergunta. Destino é a sociedade. É ela que toma a direção do seu futuro: quem você será, o que será, qual profissão seguirá, que roupa usará, com que pessoas se envolverá, com quem não se envolverá. “É, mas eu sou diferente”. Desculpe-me, sinto pena de você. Apesar de te admirar, todos te massacrarão física e psicologicamente. Porque na sociedade o que é diferente é “exterminado”, é “heresia”. O que foge do padrão deve ser corrigido por todos e qualquer meio possível. Você pode não saber, mas você sabe. Seu inconsciente sabe.”O que é diferente é estranho e não merece atenção”. É assim que aprendemos.

      Destino é a indução de escolha em si: como escolher uma profissão na qual você será feliz mas morrerá de fome? como combater a corrupção e a maldade se você pode morrer por isso? Vivemos em um sistema que encontra seu equilibro no desequilíbrio. Ou melhor, na desigualdade: seja esta de raça, de renda, de recursos, de classe social, etc. Pode não parecer, mas isso influencia diretamente nossas vidas. Ruim é saber que convivemos com isso todos os dias. O peso no ombro causado pela falta de escolha, pela obrigação. E, pior, é saber disso e não fazer nada. Consentir com nossas vidas e “seguir em frente”. 

      Me entristece saber que somos manipulados a todo momento. Que não podemos viver o que queremos viver, e sim o que somos obrigados a viver. E apesar de saber que poucas pessoas lerão esse texto - talvez uma ou duas se tiver sorte - ainda há tempo de mudarmos. Afinal, ainda estamos respirando.



                                                                                                                                                   XFord

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