Estranha vida essa não? Nós nascemos, vivemos por anos e depois morremos. Há aqueles que acreditam na reencarnação, outros acreditam no fim. E ninguém sabe ao certo o que é certo. Talvez porque nao devemos saber, talvez porque não seja necessário saber. Afinal, de que adiantaria o certo se não para orientar alguns a fazer o oposto? Certo ou errado são questões subjetivas ao extremo, deixemos para uma próxima discussão. O que hoje me leva a escrever é algo que ouvi há algum tempo, de alguém um tanto especial: Deus só te dá o fardo que sabe que pode carregar.
Essa afirmação me leva a pensar, mais uma vez, no objetivo de cada um de nós, algo já intensamente discutido aqui, mas que insiste em permanecer na minha mente - motivo provável: impotência. A ideia de se sentir perdido, de não saber qual o nosso lugar, é a pior que pode surgir em nós.
A chave para curar essa "perdição" é a paciência. Mas o que fazer quando somos fruto de uma geração nascida dos fluxos constantes e imparáveis? isto é, quando a paciência dificilmente está presente em nosso âmago? Você diria: adquira a paciência! Mas como adquiri-la se não a possuímos para tanto? É um labirinto cujas saídas nos levam para dentro do labirinto!
E seria a paciência suficiente para saber o caminho? Afinal, como saber o caminho que devemos seguir, se desconhecemos o destino? Há uma necessidade em saber se o que estamos fazendo é mesmo algo que devemos fazer para cumprir nosso objetivo maior.
Mas talvez a verdadeira questão seja justamente essa: não ser nada. Não ter um caminho certo a seguir. Devemos seguir simplesmente aquilo que queremos e tocar o foda-se. Dar um passo de cada vez, e se possível nos deixar levar pelo que vier. O futuro é melhor quando podemos construí-lo.
Podemos acreditar em predestinação ou não. Independente disso, não podemos deixar de viver o hoje nos prendendo ao amanhã - que pode não acontecer. A vida é para ser vivida, step by step.
"O jeito é curtir nossas escolhas e abandoná-las quando for preciso, mexer e remexer na nossa trajetória, alegrar-se e sofrer, acreditar e descrer, que lá adiante tudo se justificará, tudo dará certo."
Marina Medeiros
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